Possivelmente um dos maiores equívocos quando se fala de Liderança é chamar-lhe uma soft skill ou atribuir-lhe qualidades inatas.

Ora liderança não é uma competência comportamental, ainda que o seu exercício exija formadas e treinadas competências humanas e comportamentais (soft skills).

Também não é inato, ainda que haja atributos genéticos que podem determinar maior ou menos facilidade e assertividade na apreensão dos pressupostos e requisitos da competência Liderança, logo no seu exercício.

Liderança também não é gestão, a primeira é sobre visão e não sobre o processo. É sobre guiar e conduzir e não organizar.

Liderança é uma competência apreendida e extremamente exigente em termos de formação, treino e exercício, pelo que deve ser tomada como carecendo de desenvolvimento permanente, correspondendo na verdade a uma combinação de características e competências, única para cada líder e equipas.

Liderança é antes de mais o ato de estabelecer relação social e com isso conduzir equipas a obter os melhores resultados possível, mas de forma sustentada, racional e saudável, pensando nelas (equipas) em primeiro lugar.

A liderança deve forcar-se nas equipas e no seu desenvolvimento, felicidade e saúde, pois só assim conseguirá conduzi-las a resultados duradouros e sustentados, atraentes e retentores de talento.

O resultado da liderança deve ser medido pelo resultado das equipas, bem como e consequentemente, a sua avaliação.

A pergunta chave do líder às suas equipas é “o que necessitam para o vosso desenvolvimento e para a concretização dos objetivos?”

Por conseguinte, o Líder deve servir as suas equipas e preocupar-se em primeiro lugar, mas permanentemente, com o que estas necessitam dele.

O Líder deve assegurar a sua descendência e sucessão desde o primeiro dia, e deve empenhar-se constantemente na deteção do talento de liderança nas suas equipas e organização.

Independentemente das várias propostas de modelos de liderança, entendemos que mais são as semelhanças que as diferenças, e que o objetivo e objeto são comuns. Pensamos ainda que a aplicação hermética de modelos não serve na totalidade das especificidades de líderes, equipas e sua interação.

Consideramos por isto que só com formação e treino à medida é possível construir uma liderança e equipas alinhadas e sustentáveis, pelo que estes aspetos devem ser tidos como investimento e não custo.

Não será por acaso que Liderança foi considerada uma das competências em crescimento durante 2022, segundo um relatório do Fórum Económico Mundial (https://www.weforum.org/agenda/2018/09/future-of-jobs-2018-things-to-know/)